Denúncia do Ministério Público de São Paulo pretende levar 72 estudantes e trabalhadores da USP a 8 anos de cadeia
Brasil, 17 de Fevereiro de 2013 - Comunicado Nacional da RECC Nº12
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No dia 5 de fevereiro presente, o Ministério Público de São Paulo
encaminhou denúncia contra 72 estudantes e trabalhadores da Universidade de São
Paulo (USP) que participavam da ocupação do prédio da Reitoria em novembro de
2011. Entre os “crimes” acusados pelo Ministério Público (MP) estão formação de
quadrilha, posse de explosivos, danos ao patrimônio público, desobediência e
crime ambiental por pichação, que podem levar a 8 anos de detenção.
A ocupação possuía como principal reivindicação o fim do convênio
entre o Reitor da USP, João Grandino Rodas, e a cúpula da Polícia Militar para
presença ostensiva desta no campus. Após a emissão de reintegração de posse
pela Justiça de SP, o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), autorizou a
tropa de Choque cumprir a desocupação do prédio. O ato da desocupação foi
marcado pela desproporcionalidade de cerca dos 400 militares para a retirada
dos 73 manifestantes, havendo ainda denúncias de abusos como torturas
psicológicas e físicas por parte da polícia, e forte campanha midiática para
deturpar os fatos e gerar argumento favorável ao uso da violência policial.